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A HISTÓRIA PARA QUEM TEM PRESSA EM APRENDER

MARCOS COSTA

  • Foto do escritorMARCOS COSTA

OS ESCRAVIZADOS

Na questão da escravidão africana revela-se mais uma engrenagem do sistema mercantil. O abastecimento da colônia com escravos abria, para Portugal, um novo e importante setor do comércio colonial.

A partir do momento que os portugueses ampliam seus negócios com escravos, o negócio do tráfico se organiza. Antes pouco recorrente, com o tempo a demanda dos europeus cria a oportunidade de negócio entre as várias tribos africanas que passam a ser fornecedoras de escravos.

Com o tempo os europeus passam a comprar seus escravos direto dos mercadores africanos na Guiné, Costa da Mina, Congo, Angola, Luanda, Benguela, Cabinda, Moçambique, entre outros. Trocados, sobretudo, por bebidas alcoólicas, armas e fumo.

O uso do trabalho escravo no Brasil vai ser generalizado. Primeiramente nos engenhos de cana de açúcar, sobretudo na região nordeste, em Pernambuco e na Bahia. No final do século XVII, início do século XVIII é a descoberta do ouro em Minas Gerais, Goiás e Mato Grosso que vai passar a demandar o trabalho escravo e, consequentemente, lançar lenha na fogueira do tráfico. Já no século XIX, é o café que vai substituir o ouro na criação ou na manutenção da demanda por escravos no interior de São Paulo e Rio de Janeiro.

Fora o trabalho rural, a agricultura e a mineração, trabalhos que se dão fora das cidades, e fora, portanto, dos olhos da população, as cidades têm também uma forte demanda pela mão de obra escrava. Nelas, trabalhavam na área de serviços, desde carregadores, vendedores ambulantes, atividades domésticas a ponto de dizer-se que o negro era os pés e as mãos dos senhores. Tão arraigado na nossa sociedade, no final do século XIX o Brasil ainda chocava o mundo por ser ainda um dos últimos países a manter a escravidão.



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