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A HISTÓRIA PARA QUEM TEM PRESSA EM APRENDER

MARCOS COSTA

  • Foto do escritorMARCOS COSTA

O GOVERNO PROVISÓRIO

Instituída a república, criou-se o chamado governo provisório constituído por Deodoro da Fonseca e Floriano Peixoto. A forma federativa deslocava necessariamente o foco do poder – que durante a monarquia estava centrada na figura do imperador e na capital do país – para os estados, para a figura dos governadores e, consequentemente, para os grupos políticos locais.

Até que pudesse ser convocada a Assembléia Constituinte, o governo provisório nomeou as chamadas juntas governativas nos Estados. A assembléia constituinte só se realizaria no ano de 1891. Entre 1889 e 1891 – neste curto espaço de tempo – deodoro passou de herói a vilão do movimento republicano. As juntas governativas instituídas por Deodoro, de acordo com os seus caprichos pessoais não contemplaram os interesses das elites locais. Ao serem preteridos, levantaram-se contra o que acusavam de medidas centralizadoras de Deodoro.

Quando se aproximavam as eleições constitucionais para eleger o primeiro presidente da república – com Deodoro como candidato e até a poucos dias o único – eis que o Estado de São Paulo lança a candidatura de Prudente de Moraes, tendo como vice Floriano Peixoto. Deodoro venceu as eleições, porém não seu vice. Para vice venceu Foriano Peixoto, da chapa de Prudente de Moraes.

Irado com a petulância de São Paulo em tê-lo afrontado apresentando outro candidato, Deodoro dá o troco. Todos aqueles governadores pertencentes a grupos oposicionistas foram afastados e outros indicados por Deodoro foram nomeados. Em São Paulo, por exemplo, foi delegado o poder a Américo Brasiliense em detrimento de Jorge Tibiriça, que foi demitido por Deodoro.

A assembleia constituinte que deveria ser dissolvida tornou-se ordinária. Diante da forte oposição que recebeu por essa manobra Deodoro dissolveu o congresso. Com essa atitude ele tornou-se aqui o que sempre desejou: tornou-se praticamente o rei.



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