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A HISTÓRIA PARA QUEM TEM PRESSA EM APRENDER

MARCOS COSTA

  • Foto do escritorMARCOS COSTA

O CAFÉ

Um produto que vinha até então sendo cultivado apenas para o consumo interno e que ganhava cada vez mais importância no paladar europeu, chamou a atenção de todos: o café. Em 1779, o país exportara para Lisboa 79 arrobas. Em 1796, menos de 20 anos depois, o volume de exportação já era de 8.495 arrobas e no ano de 1806 já atingia a cifra astronômica de 82.245 arrobas. Nascia ali, das cinzas da mineração, o terceiro milagre brasileiro: o ciclo do café que perduraria até a crise de 1929.

A produção de café se iniciou no Rio de Janeiro – a atual floresta da tijuca já foi um enorme cafezal – e ao longo de todo o vale do paraíba. O esgotamento das terras faz com que as plantações vão migrando, até que encontra no interior de São Paulo, no sentido Oeste, na região de campinas, o seu segundo período de expansão. A cidade de São Paulo que até então não tinha a mesma importância das cidades do nordeste e do Rio de Janeiro, passa a desenvolver-se num ritmo acelerado.

As fazendas de café se organizavam da mesma forma que as fazendas produtoras de açúcar do nordeste: latifúndio, monocultura e trabalho escravo. Essas fazendas eram uma espécie de mundo em miniatura, com suas próprias regras, onde se encontrava de tudo e vivia-se num relativo isolamento em relação ao resto do país.

A importância maior desse deslocamento do grosso da produção do café para São Paulo é que uma poderosa aristocracia se formava na província. Depois dos senhores de engenho e dos mineradores, surgia os grandes barões do café. O século XIX será o século do café no Brasil e o poder econômico fará com que essa aristocracia do café se tornasse, com o tempo, a elite social e política brasileira.



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