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A HISTÓRIA PARA QUEM TEM PRESSA EM APRENDER

MARCOS COSTA

  • Foto do escritorMARCOS COSTA

O BRASIL NO INÍCIO DO SÉCULO XIX

O Brasil do século XIX é um paquiderme que caminha lentamente, de forma anacrônica, obsoleta e decadente em relação as grandes transformações pela qual passava o mundo ocidental. O século XIX surge sob o signo do progresso e da industrialização. No Brasil, em 1785, na contra mão desse progresso, mas atendendo às exigências da Inglaterra, Portugal manda extinguir todas as manufaturas textéis do país, condenando-o a se tornar um mero fornecedor de matéria-prima. É este o papel que caberá ao Brasil no intenso jogo da divisão internacional do trabalho.

Esse tipo de decisão condicionou a formação econômica do país, sempre voltada para o viés primário exportador. Havia perdido o bonde da história e um processo robusto de industrialização no Brasil só ocorreria a partir dos anos 1930 – quando já éramos a periferia do capitalismo internacional. No início do século XIX, segundo Caio Prado, “o antigo sistema colonial fundado no pacto colonial e que representa o exclusivismo do comércio das colônias para as respectivas metrópoles entra em declínio” . É essa transformação econômica fundamental que perdemos na passagem do capitalismo comercial para o capitalismo industrial quando, seguindo os desideratos da Inglaterra, optamos por fechar nossas industrias e nos contentarmos com a produção e fornecimento de matéria – prima.

O avanço do capitalismo industrial sobre o capitalismo meramente comercial só se viabilizou mediante a superação de todo e qualquer tipo de monopólio. Desse modo o regime colonial, vigente no Brasil até 1822, foi um enorme obstáculo ao desenvolvimento do país e suas consequências se estenderam no tempo para além da independência, pois a interferência da Inglaterra no destino do país vai se estender até pelo menos 1850.



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