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A HISTÓRIA PARA QUEM TEM PRESSA EM APRENDER

MARCOS COSTA

  • Foto do escritorMARCOS COSTA

O BARÃO DE MAUÁ

Irineu Evangelista de Souza – o Barão de Mauá - é um dos personagens mais importantes do Segundo Reinado no Brasil junto com o Duque de Caxias. Mauá havia retornado da Inglaterra em 1840 com a cabeça fervilhando de ideias. A revolução industrial havia acabado de explodir por lá e o velho mercantilismo de outrora estava sendo substituído pela indústria e pela produção de bens de consumo. Por todo lado brotavam fábricas, fundições, estradas de ferro e bancos. Quando chegou ao Brasil Mauá encontrou um país extremamente dependente da exportação de commodities. No decênio de 1821-1830 o açúcar respondia por 30,1% das nossas exportações, enquanto o café a 18,40%. Na medida em que a economia brasileira vai se concentrando na monocultura cafeeira, esse quadro se altera. No decênio de 1831-1840, o café passa a responder por 43,8% das exportações brasileiras. No curto e no longo prazo, se o país quisesse se tornar gente grande em matéria de negócios, tinha de diversificar sua economia.

Na contra mão de tudo Mauá abre 17 empresas em parceria com investidores ingleses. Tinha bancos, estradas de ferro, a maior fábrica do país, uma fundição, uma companhia de navegação, empresas de comércio exterior, mineradoras, usinas de gás etc. Em 1867 Mauá era dono da maior fortuna particular do Brasil tinha cerca de 60 milhões de dólares. O imperador sabia que a economia brasileira devia iniciar urgentemente um processo de diversificação, os empreendimentos de Mauá abriram os olhos do imperador para as novas possibilidades e novos caminhos para a economia brasileira. O Brasil que surge na segunda metade do século XIX vai ser, em grande parte, fruto do trabalho e da imaginação de Mauá.



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