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A HISTÓRIA PARA QUEM TEM PRESSA EM APRENDER

MARCOS COSTA

  • Foto do escritorMARCOS COSTA

INTRODUÇÃO NA EUROPA DE GÊNEROS TROPICAIS

As grandes navegações promovidas pela necessidade de expansão comercial e marítima no século XV, culminaram na chegada de novos produtos na Europa, advindos dos trópicos. Esses produtos, até então desconhecidos, desempenhariam papel crucial no desenvolvimento de um futuro comércio global e, consequentemente, na expansão econômica dos grandes players do comércio Europeu.

        No Brasil, o produto inicial foi o pau Brasil, usado para extrair corante para as tinturarias europeias. Depois veio o açúcar, que para a sua produção demandava uma imensa área de terra para o plantio da cana de açúcar e também a construção de complexos e caros engenhos para extrair o caldo da cana e dar início a todo processo de produção e refino do açúcar.

O açúcar refinado tornou-se um produto de luxo na Europa, consumido principalmente pela elite.

        Mais tarde seria o café que se popularizaria rapidamente na Europa e que demandava vastas terras para a sua produção.

        Na Europa ainda chegavam as famosas especiarias das Índias, tais como a pimenta, o cravo, a canela, a noz-moscada, o gengibre, entre outras tantas plantas, raízes, sementes usadas tanto por suas propriedades aromáticas como medicinais.

        Outros dois importantes produtos produzidos e consumidos nas Américas, quando os europeus chegaram, foram o cacau e o tabaco.

        É impossível entender o Brasil sem compreender o contexto do seu descobrimento.

Portugueses e outros povos estavam em busca de mercados consumidores ou fornecedores de qualquer coisa que pudesse se transformar em lucros. Nesse ponto a região do Oriente Médio, a Índia e a China estavam anos luz à frente da civilização que Portugal encontrou no Brasil e que a Espanha encontrou na América Central.

        Devido as parcas possibilidades de comércio, Portugal abandonou completamente o Brasil e para não perder as terras, que futuramente poderiam ser úteis, Portugal resolve arrendá-las em troca de parte da produção que os arrendatários pudessem auferir da terra.

        A princípio não havia outro produto senão os extrativos.

        O primeiro arrendatário foi o judeu Fernando de Noronha que obteve do rei de Portugal concessão para explorar por 3 anos o pau Brasil. Fernando de Noronha era o representante de um consórcio que unia o banqueiro e comerciante alemão Jacob Fugger e o igualmente comerciante e banqueiro florentino Bartolomeu Marchionni.

        Em 1503 eles financiaram uma das primeiras expedições de prospecção de negócios ao Brasil comandada por Gonçalo Coelho. Em 1506 o próprio Fernando de Noronha fez sua expedição e em 1511, a famosa nau Bretoa zarpou do Brasil com um carregamento milionário de pau Brasil.



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