top of page

A HISTÓRIA PARA QUEM TEM PRESSA EM APRENDER

MARCOS COSTA

  • Foto do escritorMARCOS COSTA

1808: A FAMÍLIA REAL PORTUGUESA NO BRASIL

Quando Napoleão invadiu a Espanha e Portugal entre os anos de 1807 e 1808, toda a América espanhola aproveitou a oportunidade para libertar-se da colonização. A Argentina o fez em 1816; o Chile em 1818; a Colômbia e a Venezuela em 1819 e o Peru em 1821.  No Brasil, os movimentos internos de contestação, o exemplo da inconfidência mineira de 1789, não foram suficientes para despertar o sentimento de independência no Brasil.

     A Inglaterra, principal potência econômica e bélica do século XIX, reconheceu imediatamente a independência desses países principalmente porque lhe interessava ampliar suas possibilidades de negócio.

        Com o Brasil - única colônia portuguesa – deu-se algo inusitado: a coroa portuguesa migrou para o Brasil com toda a sua corte e passou a administrar tudo a partir do Rio de Janeiro. Apenas em 1815 é que D. João VI resolve elevar o Brasil à condição de reino, porém não independente, mas unido aos reinos de Portugal e dos Algarves.

        Por ter escoltado a coroa portuguesa até o Brasil, a Inglaterra ganhou de presente do rei D. João VI a chamada abertura dos portos as nações amigas, lei promulgada em 28 de janeiro de 1808. A abertura dos portos é o ato mais pleno de significado para o Brasil, pois ao franqueá-los ao comércio internacional livremente, D. João VI destruía assim, com uma canetada, todo esquema colonial que havia surgido na época da restauração portuguesa em 1640, e que era a base do domínio colonial português e da própria razão de ser da colônia, que era o exclusivismo comercial.

        Quando em 1810 o exército napoleônico é vencido e deixa Portugal, passa-se em Lisboa, com o surgimento de rebeliões liberais, a se exigir que o rei retorne à Portugal e que a ordem anterior seja restaurada e reestabelecida, ou seja, o monopólio comercial entre Portugal e Brasil. Para a Inglaterra – quem mais se beneficiou com a abertura dos portos – o retorno da condição de exclusivismo comercial seria um retrocesso e, agora, era melhor o Brasil livre de Portugal.

        No dia 30 de janeiro de 1821 as Cortes se reuniram em Lisboa e decretaram a formação de um Conselho de Regência que passaria a exercer o poder em nome de D. João VI, que se recusava a voltar à Portugal. Diante da iminência de perder o trono português, D. João VI nomeia seu filho D. Pedro I como regente do Brasil e parte para Lisboa, no dia 26 de abril de 1821.

    Com o apoio da Inglaterra, os brasileiros passam a repudiar qualquer tentativa de recondução do Brasil à condição de colônia de Portugal, quando então surge e toma cada vez mais corpo a ideia de independência, que vai acontecer em 7 de setembro de 1822 e vai ser ratificada, definitivamente, no ano de 1826.




OUÇA ESSE TEXTO:





ASSISTA O VÍDEO:






bottom of page