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A HISTÓRIA PARA QUEM TEM PRESSA EM APRENDER

MARCOS COSTA

  • Foto do escritorMARCOS COSTA

CRISTÓVÃO COLOMBO

        Cristóvão Colombo é um dos nomes, é uma das figuras mais misteriosas da história da humanidade. Sobre ele, ao longo dos séculos, foram contadas várias histórias que situavam a sua nacionalidade cada hora em um país, em uma região diferente. Não bastasse a questão da dúvida sobre a sua nacionalidade, o próprio objetivo de sua viagem de 1492, que redundou no descobrimento da América, está também repleto de interpretações diferentes.

        A teoria mais difundida é a que diz que Colombo havia nascido em Gênova, uma cidade envolvida em um intenso comércio marítimo, daí o seu interesse pela navegação e daí também o fato de ele ter se tornado, na maturidade, um grande explorador dos oceanos, que empreendeu diversas viagens, por vários locais, incluindo explorações pelo até então misterioso e desconhecido oceano Atlântico. Outras teses colocam Colombo como natural da Córsega e, portanto, de naturalidade francesa; especulou-se até mesmo sobre sua naturalidade espanhola e portuguesa.

        Sabe-se que Colombo partiu da Espanha para a sua viagem do descobrimento no horário limite do prazo determinado no édito de Alhambra para que os judeus deixassem o território espanhol. Colombo exigiu que toda a sua tripulação estivesse a bordo antes da meia-noite do dia 2 de agosto de 1492, ou seja, zarpou da Espanha no mesmo dia e poucas horas antes do horário em que expirava o prazo dado pela Coroa espanhola para que os judeus abandonassem o país ou morressem nas fogueiras.

        Esse fato, para alguns historiadores, revelaria o fato de que Colombo era judeu.

        Antes de empreender sua viagem a serviço dos reis espanhóis, Colombo já havia tratado da hipótese da viagem com o Rei de Portugal D. João II.

        O astrônomo, matemático e geógrafo Paolo Toscanelli escreveu e enviou uma carta para o rei de Portugal no dia 25 de junho de 1474, propondo um projeto de navegação diferente daquele iniciado por d. Henrique. Em vez de seguir bordejando o continente africano, Toscanelli defendia que navegando em direção ao poente poder-se-ia chegar ao Oriente.

        Junto com a carta, seguiu um mapa-múndi que havia sido encomendado por Afonso V e cuja produção ficou aos cuidados de Fra Mauro e Andrea Bianco, que o finalizaram entre os anos de 1457 e 1459 no Mosteiro de São Miguel de Murano. O mapa teria sido baseado nos relatos de Marco Polo e de Niccolò di Conti.



        Por essa época, D. João II envia a seguinte carta para Colombo:

        “Cristóbal Colon

        Nós, D. João […] vos enviamos muito saudar. […] E quanto à vossa vinda cá, certo, assim pelo que apontais como por outros respeitos para que vossa indústria e bom engenho nos será necessário e prazer nos há muito de virdes porque o que a vós toca se dará tal forma de que vós deveis ser contente. […] E por tanto vos rogamos e encomendamos que vossa vinda seja logo e para isso não tenhais pejo algum e vos agradeceremos e teremos muito em serviço. Avis, 20 de março de 1488. A Cristóbal Colon nosso especial amigo em Sevilha”

        Essa carta de D. Joao II enviada a Cristóvão Colombo é um enigma. Com um histórico de assassinatos, traições, conspirações de todo tipo, D. João era um homem cauteloso e gostava de andar bem informado. Infiltrava informantes e agentes por todo lugar, não seria diferente na Espanha sua maior concorrente no projeto de expansão comercial e marítima. Seria esse tratamento dado a Colombo de “nosso especial amigo em Sevilha” um indício de que seria ele mais um dos agentes de D. João II?

        É notório que antes de prestar serviços para a Espanha, Cristóvão Colombo havia por quase uma década tentado – a princípio em vão – oferecer seu projeto de navegação e de exploração em busca do caminho das índias para D. João II. Em 1492, portanto, quando Colombo descobriu a América estava a serviço de Castela. Bartolomeu Dias já havia, em 1488, constatado que o caminho para as índias era navegando rumo ao Sul e não ao Oeste no Oceano Atlântico. O fato de o projeto de Colombo ser o de navegar sentido oeste no oceano atlântico não teria sido propositadamente com o intuito de desviar a atenção de Castela da rota para o sul?

        Mas a coisa vai se complicando.

        Uma assinatura cabalística do navegador, em que se vê uma letra S e abaixo uma sequência de letras S A S e uma sequência de letras X M Y e a frase Xpõ Ferens, deixou margem para diversas interpretações sobre sua real personalidade e que acabaram por suscitar mais dúvidas do que elucidações.

        Para os adeptos da tese do Colombo judeu espanhol, essa assinatura, que só aparece na correspondência íntima enviada a seu filho Diego, contém uma oração ou uma fórmula religiosa que para os judeus significa: (S) Shaday; (S) Shaday, (A) Adonay, (S) Shaday; (Y) Yehova, (M) Moleh, (X) Chessed. Que quer dizer “Senhor; senhor Deus, senhor; Deus, Tende Piedade”.

         Já os adeptos do Colombo português traduzem a assinatura da seguinte forma: a sequência de três letras seria (S) Servus; (S) Sum, (A) Altissimi, (S) Salvatoria; (Y) Yesu, (M) Maria, (X) Xriste. As saudações católicas o aproximariam de uma origem portuguesa, além, é claro, da forte relação com Portugal.




        Outra interpretação, mais impressionante, é a que interpreta a sequência de três letras S como uma saudação “com salves”, muito comum na época, que, advindo do latim, teria dado origem ao nome Gonçalves. A assinatura que aparece abaixo desse código é Xpõ Ferens. Xpô, em grego, quer dizer Cristo, e Ferens, aquele que leva, que transporta, que salva, ou seja, salvador. Por fim, a pontuação no final do nome, ./, cujo nome em latim é colon, mas que em hebraico é zarco, vindo a formar, portanto, o verdadeiro nome de Colombo: Salvador Gonçalves Zarco, filho do navegador português João Gonçalves Zarco, descobridor da ilha da Madeira.

Quem era Cristóvão Colombo?

para que Cristóvão Colombo trabalhava?

        Cristóvão Colombo é realmente um enigma.

         

 

 


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