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A HISTÓRIA PARA QUEM TEM PRESSA EM APRENDER

MARCOS COSTA

  • Foto do escritorMARCOS COSTA

A QUEDA DE CONSTANTINOPLA

  A cidade de Constantinopla, conhecida também como Bizâncio (atual Istambul, na Turquia), foi a capital do chamado Império Bizantino. Foi fundada pelo Imperador Romano Constantino, conhecido como o Grande, o primeiro a se converter ao cristianismo, em 330 para ser a capital do Império Romano do Oriente. A cidade se tornou importante centro político, econômico e cultural do mundo bizantino.

        Mesmo após a queda do Império Romano do Ocidente, em 476, o Império Bizantino resistiria por mais de mil anos, até precisamente o dia 29 de maio de 1453. Desenvolveu sua própria cultura, tais como a adoção do grego como língua oficial e o cristianismo ortodoxo como religião. Durante esses mil anos, enfrentou as invasões bárbaras e conflitos com povos vizinhos, tais como persas, árabes, búlgaros e eslavos.

        O Imperador governava com o apoio de uma burocracia administrativa e do exército. Sua localização estratégica entre a Europa e a Ásia, na entrada do estreito de Bósforo, proporcionou uma posição vantajosa para o comércio, pois por ali passavam importantes rotas comerciais terrestres e para o controle de importantes rotas comerciais marítimas. A cidade era famosa por sua riqueza, por seu esplendor arquitetônico, por suas fortalezas imponentes e seu comércio próspero que influenciaram culturalmente vários povos.

        Em 29 de maio de 1453, no entanto, Império Bizantino caiu diante dos ataques do Império Otomano, liderados pelo sultão Maomé II, o que abriu caminho para a expansão Otomana na Europa. A cidade de Constantinopla foi renomeada para Istambul e tornou-se a nova capital do Império Otomano.




        A queda de Constantinopla foi um evento crucial e teve importantes repercussões históricas. Ela encerrou a Idade Média na Europa, estimulando o Renascimento e o subsequente período de exploração e descobrimentos.

        Desse modo, quando os navios mercantes aportaram em Veneza, Gênova e Florença naquele mês de maio de 1453, traziam para os comerciantes e para os reis uma notícia aterradora. O mar calmo do mediterrâneo havia sido sacudido por um vendaval, um maremoto, um tsunami. As principais rotas das especiarias (canela, gengibre, cravo, pimenta e açafrão) e da seda da China haviam sido bloqueadas com a queda de Constantinopla. A notícia era de que a partir daquele momento os preços subiriam de forma estratosférica. A sensação de uma crise iminente se abateu sobre os portos que tinham o monopólio dessas rotas e produtos e comercializavam com toda Europa as riquezas do Oriente.

        É aqui que a até então desprezada expansão marítima portuguesa ganha todo sentido, pois com a crise comercial aberta pela tomada de Constantinopla, capitalistas sediados em Gênova, Florença e Veneza intensificaram o financiamento às explorações portuguesas que redundariam na descoberta do caminho para as índias e no descobrimento do Brasil.



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