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A HISTÓRIA PARA QUEM TEM PRESSA EM APRENDER

MARCOS COSTA

  • Foto do escritorMARCOS COSTA

A REGÊNCIA NO BRASIL

Entre 1831 e 1840 o país foi governado pelas regências. A verdade é que neste período o país viveu numa espécie de limbo entre o monarquismo e o republicanismo que só se resolverá com o golpe da maioridade que leva ao fim das regências e à aclamação de D. Pedro II. Até 1834 enquanto D. Pedro I estava vivo o país viveu num estado de espera permanente, o partido restaurador lutava para conseguir com que D. Pedro I voltasse ao Brasil. Morto o Imperador, em 1834, as esperanças se desvaneceram e o lume das revoltas separatistas se reacendeu.

Entre 1835-1840 eclodiram pelo país vários movimentos sediciosos. A Cabanagem, entre 1838-1841 a Balaiada, entre 1837-1838 a Sabinada, entre 1835 e 1845 a guerra dos farrapos entre outras pelo menos 10 revoltas espalhadas pelo país. Todas elas com um objetivo em comum – além dos objetivos específicos de cada região em que ocorreu – que era o fim da monarquia, já que o país vivia num regime praticamente republicano. A frente de praticamente todas as ações repressivas contra essas revoltas estava Luis Alves de Lima e Silva, o Duque de Caxias, comandante de uma espécie de tropa de elite do imperador.

Por trás da questão da permanência ou não do regime monárquico estava uma intensa disputa entre os partidos liberal e conservador - nascidos no período regencial - em torno da descentralização e a da centralização político-administrativa, o que levava o país a uma espécie de estagnação. A solução foi o golpe da maioridade, que pôs fim às regências e tinha o objetivo de instaurar mais uma vez o consenso em torno da monarquia.

A economia cafeeira estava em plena expansão e tudo que eles precisavam era de uma política e de uma sociedade onde imperava o congraçamento e onde seus interesses pudessem voar sob céu de brigadeiro. A alternância no poder entre liberais e conservadores no período regencial, inaugurou no Brasil uma prática muito comum até os dias de hoje. A disputa entre grupos políticos partidários ou grupos econômicos não visa formar uma unidade com vistas para a construção de um projeto de nação comum a toda sociedade, mas sim, projetos particulares ou de classe. O boicote ou a sabotagem de uns contra os outros afeta a todos e o país e o povo vai soçobrando numa espécie de limbo, vai ardendo na fogueira das vaidades do poder.



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