Entre 1808 e 1831 – com o fim do pacto colonial - comerciantes portugueses e ingleses radicados sobretudo no Rio de Janeiro, ensaiaram uma diversificação na econômia brasileira. Porém, Em 1831, com a abdicação de D. Pedro I e com o início das regências, os barões do café aparelharam o Estado e toda a política econômica do país passou a atender as necessidades e os anseios dessa classe. Inclusive no enfrentamento da Inglaterra, que era contra o tráfico e a escravidão. Em 1840, quando D Pedro II assume o trono, a economia do país já vai estar completamente fundada na dependência do café e, do ponto de vista social e político, toda uma estrutura, que gira em torno dos interesses dessa oligarquia do café, vai estar já fortemente arraigada na sociedade brasileira. Desse modo, a diversificação da economia do país - sobretudo o processo de industrialização - permanecerá vegetativo até os anos 1930 com o café representando 70% das exportações brasileiras.
O resultado mais visível desse processo é que de um lado forma-se uma classe abastadíssima – pois a região produtora de café vai se tornar a região mais rica e progressista de todo país e é nesta região que vai se concentrar parte significativa de toda atividade econômica do país - e de outro lado forma-se um mar de pobreza. Toda aquela estrutura tradicional que vigorava desde o século XVI e que havia sido abalada pelo ciclo do ouro – produção e exportação de gêneros tropicais, volta a se reacender.
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