top of page

A HISTÓRIA PARA QUEM TEM PRESSA EM APRENDER

MARCOS COSTA

  • Foto do escritorMARCOS COSTA

A INCONFIDÊNCIA MINEIRA

Em Minas Gerais a forte política tributária imposta pela metrópole, como a criação de pedágios, alfândegas, a criação da fundição real e a proibição da circulação do ouro que não tivesse sido fundido e, portanto, tributado, vai ser responsável por pelo menos duas revoltas coloniais: A revolta de Filipe dos Santos (Vila Rica – 1720) no período inicial da mineração e a Inconfidência Mineira, já num outro contexto, de contestação do próprio sistema colonial. O principal motivo da inconfidência foram as medidas cada vez mais exploratórias e escorchantes impostas por Portugal à região das Minas. Inicialmente o tributo sobre o ouro auferido nas minas era o quinto. Com a escassez das lavras e a desconfiança de Portugal de que o ouro estava sendo desviado, por volta de 1750 define-se uma cota fixa como imposto de 100 arrobas (1500 quilos) por ano de ouro. Como essa cota era impossível de ser atingida, a coroa portuguesa estabelece em 1763, numa atitude radical, a prática da derrama, que consistia na supressão de bens particulares dos moradores das cidades para inteirar a cota de impostos. É nesse contexto de exploração intensiva da coroa de Portugal que, tomados pelo espírito da revolução francesa 1789, um grupo de brasileiros se revolta contra o despotismo. A reação de Portugal foi de extrema violência e Tiradentes foi enforcado e esquartejado. Este seria o ato derradeiro do ciclo do ouro no Brasil, sua grandeza e sua miséria, e com ele, o ato derradeiro de todo o sistema colonial.



bottom of page