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A HISTÓRIA PARA QUEM TEM PRESSA EM APRENDER

MARCOS COSTA

  • Foto do escritorMARCOS COSTA

A ABDICAÇÃO DE D. PEDRO I

Em 1826, morre D. João VI em Portugal. Esse fato cria uma situação constrangedora para o Imperador D. Pedro I, pois ele era o herdeiro do trono português. Assumir os dois tronos significava um retrocesso. Em Portugal exigia-se que D. Pedro I assumisse o trono. No Brasil exigia-se que a situação fosse imediatamente resolvida. Em 1831 os fatos se precipitam. Retornando de uma serie de viagens pelas províncias onde havia sondado o espírito de dissidência, o imperador é recebido no Rio de Janeiro com aplausos e vaias. A polarização dos espíritos levou inevitavelmente ao conflito que ficou conhecido como noite das garrafadas.

Se o 7 de setembro de 1822 marca a independência do Brasil, o 7 de abril de 1831 marca uma renovação ou uma refundação do processo independentista. Nesse dia D. Pedro I assina a abdicação ao trono e parte para Portugal para apagar o incêndio por lá, deixando o filho D. Pedro II com apenas 5 anos como sucessor ao trono.até que reunisse condições para governar, o país seria governado por uma regência. Mas o que parecia uma revolução – a abdicação de D. Pedro I em consequencia do clamor popular - logo mostrou sua cara e seu objetivo maior, ou seja, mudar para deixar tudo exatamente como estava. Para começar o regente era o coronel Francisco de Lima e Silva, homem de confiança de D. Pedro I. Segundo tem início um esforço de fabricar um concenso em torno do que Evaristo da Veiga do jornal Aurora Fluminense chamou de “uma assombrosa revolução”.

Nada havia mudado, havia muitos interesses em jogo. O tráfico de escravos permanecera e a escravidão consequentemente, e o poder permanecia nas mãos das elites rurais produtoras de café. O plano de D. Pedro I era de retornar ao Brasil assim que pudesse dar jeito na situação em Portugal para reassumir o trono. A sua morte inesperada, em 1834, pois fim a esse planejamento.



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